ROCHELLE GOLDBERG
PARIS PARFUM ST HONORÉ – COMISSIONADO

NASCIDA EM VANCOUVER, CANADÁ, EM 1984, ROCHELLE GOLDBERG OBTEVE O SEU MFA NO BARD COLLEGE, E ATUALMENTE VIVE E TRABALHA NA CIDADE DE NOVA IORQUE. EM 2018, FOI A VENCEDORA DO PRÉMIO DE ESCULTURA BATTAGLIA FOUNDRY #03 E ARTISTA RESIDENTE NA FUNDAÇÃO CHINATI, MARFA. ALÉM DISSO, GOLDBERG FOI ARTISTA RESIDENTE NO ATELIER CALDER NA PRIMAVERA DE 2017 E RECEBEU O PRÉMIO LOUIS COMFORT TIFFANY 2015. EM 2016, GOLDBERG TEVE A SUA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL INSTITUCIONAL NO SCULPTURECENTER EM NOVA IORQUE. CONTRIBUIU TAMBÉM COM UMA INSTALAÇÃO DE GRANDE ESCALA PARA MIRROR CELLS, COMISSARIADA POR CHRISTOPHER LEW E JANE PANETTA NO WHITNEY MUSEUM OF AMERICAN ART, E PARTICIPOU NA OKAYAMA ART SUMMIT, UMA EXPOSIÇÃO BIENAL ORGANIZADA POR LIAM GILLICK EM VÁRIOS LOCAIS EM OKAYAMA, JAPÃO. NO WHERE, NOW HERE, A EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE GOLDBERG NO GAMEC EM BERGAMO, ITÁLIA, ESTEVE PATENTE ATÉ JANEIRO DE 2017. O CATÁLOGO DESSA EXPOSIÇÃO, PUBLICADO PELA MOUSSE E GAMEC, BEM COMO UMA NOVA MONOGRAFIA, CANNIBAL ACTIF (NOVA IORQUE: TOTEM/SEQUENCE PRESS), FORAM AMBOS LANÇADOS EM 2017. INTRALOCUTORES, A SUA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL NA GALERIA MIGUEL ABREU, ESTEVE PATENTE NA PRIMAVERA DE 2017.

AS MÁSCARAS DA SÉRIE "COMPOSITE RELEASE" SÃO FEITAS DE BARRO DE RIO E ESMALTADAS EM TONS DE GRAFITE, CASTANHO E DOURADO. COBRAS DE CERÂMICA EMARANHADAS HABITAM OS VESTÍGIOS VAGOS DE UMA FORMA SEMELHANTE A UMA MÁSCARA, COMPLICANDO TANTO A SUPERFÍCIE COMO A IDENTIDADE DO SUJEITO APRESENTADO. A SUPERFÍCIE FLUTUANTE SUSPENDE UM MOVIMENTO EMARANHADO E APARECE COMO SE ESTIVESSE A CHEGAR E A PARTIR. A CHEGADA DO SUJEITO, SIMULTANEAMENTE ANUNCIADA E CONGELADA, RECORDA A POTÊNCIA SIMBÓLICA DA SERPENTE AO LONGO DOS TEMPOS. DESIGNADA PELO ARTISTA COMO MARIA, MARIA DO EGITO, MARIA DO VALE OU MARIA DA TERRA, TAL COMO SEMPRE A TENTAMOS RECLAMAR, ESTA MÁSCARA MITOLÓGICA DESMORONADA ASSINALA O SEU REGRESSO E RESGATE DE UMA HISTÓRIA QUE PROCUROU ESQUECÊ-LA. MARIA DO EGITO É A SANTA PADROEIRA DA CARNE E DO DESEJO, ERA UMA MULHER DE FORTES CONVICÇÕES QUE AMAVA O AMOR, A VIDA E O DESERTO. POPULARMENTE, NAS SUAS REPRESENTAÇÕES, MARIA DO EGITO ERGUE-SE EVOCANDO A AUTOPRESERVAÇÃO COMO BRUTALIDADE, DEIXANDO UM LEGADO INCOMPREENDIDO, QUE NA REALIDADE FOI UMA REJEIÇÃO MÚTUA ENTRE O SEU EU CORPÓREO E O MUNDO. O EXÍLIO FOI A SUA PRÓPRIA AÇÃO DECISIVA. ATRAVÉS DO DESERTO, ADOTA UMA VIDA DE ESCASSEZ, FUGINDO DE UM MUNDO MATERIAL QUE JÁ NÃO PRECISA DE "CONHECER", EM FAVOR DO QUE PODE APRENDER OU ENCONTRAR NUMA GRUTA, NUMA ROCHA OU AO LONGO DE UM RIO. EM VIDA ERA UM CADÁVER, NA MORTE TORNA-SE IMACULADA. A SUA FIGURA DESAMPARADA PERDURA COMO UM EMBLEMA DO AMOR, DA PAZ E DO PERDÃO, E DA POSSIBILIDADE DE ESCOLHER E REJEITAR O MUNDO EM QUE VIVEMOS. COM O PASSAR DO TEMPO, A SUA CARNE DESGASTADA VAI-SE TRANSFORMANDO NO SEU AMBIENTE, DE TAL FORMA QUE O DESERTO, POR SUA VEZ, SE TORNA A SUA CARNE - UMA SUPERFÍCIE HÍBRIDA QUE TRANSMITE A ACUMULAÇÃO DE CONTACTOS QUE UM CORPO USA AO LONGO DO TEMPO. SE, AO LONGO DO TEMPO, MUITAS MULHERES FORAM COMPRIMIDAS NO PAPEL DE UMA MARIA, ENTÃO MARIA TAMBÉM PODE SER MUITAS, À MEDIDA QUE TENTAMOS NOVAMENTE ENCONTRÁ-LA E, AO FAZÊ-LO, FALAR ATRAVÉS DELA.

"COMPOSITE RELEASE #3", 2019 (TRABALHO COMISSIONADO)
CERÂMICA VIDRADA

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